Uma cidade cheia de história
Guimarães é considerada a cidade berço de Portugal porque aqui nasceu Afonso Henriques que viria a ser o primeiro rei de Portugal.
Associado à formação e identidade de Portugal, o centro histórico de Guimarães, na zona que ficava dentro de muralhas, foi classificado Património Mundial pela Unesco com base nos valores de originalidade e autenticidade com que foi recuperado
A Colina Sagrada
A Colina Sagrada é considerada o local monumental de Guimarães, por excelência, e acolhe os três monumentos mais emblemáticos e de visita obrigatória.
A receber o visitante está a Estátua de D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal, inaugurada em 1887 e da autoria de Soares dos Reis. A estátua, em bronze, elevada num pedestal de granito, representa o Rei Conquistador em posição bélica, a segurar com ambas as mãos, a espada e o escudo. Esta é certamente das estátuas mais fotografadas do país e das imagens mais retratadas do rei fundador da nacionalidade portuguesa.
Largo Martins Sarmento (Largo do Carmo)
Descendo desde o Paço dos Duques de Bragança, observamos no lado direito, um corrente de casas apalaçadas, com destaque para a casa brasonada dos Condes, bem como a casa onde viveu o arqueólogo vimaranense, Francisco Martins Sarmento, que dá o nome a este largo.
Martins Sarmento, nascido em Guimarães, formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, curso que nunca exerceu, dedicando-se com paixão ao estudo da arqueologia, onde se destacou ao nível internacional.
No centro do largo, destaca-se o jardim bem cuidado com uma fonte no centro e diversas espécies arbóreas, onde, no inverno, sobressaem as coloridas Camélias.
Rua de Santa Maria
Percorrer a pé o Centro Histórico repleto de ruas e vielas é sinónimo de imergir na história a cada recanto. Exemplo disso mesmo é a Rua de Santa Maria, de origem medieval, e uma das mais antigas ruas de Guimarães,
A rua é completamente pedonal, pelo que pode caminhar calmamente e fotografar as fachadas das casas brasonadas, as varandas de ferro forjado e as varandas de sacada e de madeira trabalhada, decoradas com vasos, entre muitos outros pormenores.
Nas pequenas confeitarias da rua pode provar os doces conventuais artesanais e fazer compras nas diversas lojas de artesanato que vão surgindo pelo caminho.
A Rua de Santa Maria possui alguns edifícios de destaque, como é exemplo, o antigo Convento de Santa Clara, um dos mais ricos conventos de Guimarães.
Praça de S. Tiago
Virando a esquina, entramos na Praça de S. Tiago. Aí fica situado o Posto de Informação Turística, que resulta de uma reabilitação e adaptação das antigas cavalariças pertencentes à Casa do Arco e onde poderá recolher todas as informações necessárias para partir à descoberta de Guimarães.
É uma Praça bastante antiga, referida ao longo do tempo em vários documentos. Conserva ainda a traça medieval, com fachadas reabilitadas, que respeitam os materiais de construção tradicionais, ornamentadas com floreiras coloridas e com roupa a secar. .Segundo a tradição, uma imagem da Virgem Santa Maria foi trazida para Guimarães pelo apóstolo S. Tiago, e colocada num templo pagão num largo que passou a chamar-se Praça de S. Tiago.
Largo da Oliveira
O burgo de Guimarães cresceu em torno do Largo da Oliveira, antigamente conhecido como a Praça Maior.
A Igreja Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira impõe-se no Largo e teve origem no mosteiro criado pela Condessa Mumadona Dias na primeira metade do séc. X.
A igreja foi sofrendo diversas intervenções de conservação e restauro ao longo dos séculos, que lhe deram a configuração que hoje vemos. Em 1387, no cumprimento de um voto feito antes da Batalha de Aljubarrota, o Rei D. João I remodelou por completo o antigo núcleo conventual, investindo na construção da nova igreja. A Torre da Igreja tem construção posterior, no séc. XVI com caraterísticas decorativas do estilo manuelino (rei D. Manuel I).
Muralha e Adarve
Entre o final do séc. XII e o início do séc. XIII, o rei D. Sancho I, filho de D. Afonso Henriques, terá realizado um circuito a cavalo pela parte alta da vila de Guimarães, a fim de lhe assinalar um termo, sendo provável que se tivesse amuralhado a vila a partir desta altura.Guimarães era constituída nessa altura por duas vilas independentes e a opção foi, nos dois primeiros séculos da nacionalidade (XI e XII) guarnecer mais fortemente o burgo alto – o núcleo do castelo – em detrimento da vila baixa, organizada em redor da Colegiada da Oliveira.
No séc. XIII iniciou-se a construção do traçado definitivo da muralha, por iniciativa do rei D. Afonso III, que foi concluída em 1318, pelo rei D. Dinis.